quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O Prazer de Viver!

Uma das delícias da vida é comer. O alimento é constituído por pequenas partículas de felicidade, que podem se expressar em forma de substâncias químicas (hormônios e neurotransmissores) no cérebro. Neste mesmo instante a fome desaparece e uma sensação de plenitude paira no ar... Mas a química não é produzida apenas por esses compostos, uma porção sólida do alimento. As emoções, pensamentos e sentimentos, a parcela abstrata da composição, também se materializa e se traduz em química no organismo. O primeiro ato de amor de uma mãe para o filho é amamentar. Depois somos cuidados constantemente em nossa alimentação. Dali a pouco, começamos escolher o quê desejamos, mas chocolate, só depois do jantar. Crescemos e temos a mesma relação com a comida que aprendemos quando criança. Sabores, cheiros e texturas lembram, consciente ou inconscientemente, sentimentos e sensações da infância. Mas está parte passa desapercebida pela maioria. Gostamos ou não gostamos de algo sem razões (aparentes) e seguimos em frente. Quando percebemos, nossa saúde ou forma física podem não ser satisfatórias, mas velhos hábitos não permitem que as mudanças necessárias aconteçam. Sem saber muito bem por que razão, resistimos. Isto não acontece somente no campo da alimentação, mas em todos os aspectos de nossas vidas. Então por que parar, observar e refletir sobre comer? Por que se ater em um ato tão instintivo? Exatamente por esse motivo, por ele ser vital. Por ele ter representações. Por que negar o alimento para o corpo é negar a vida, e se exceder neste momento também pode representar a perda do prazer, a compulsão que se transforma em indigestão e mal estar. Ser feliz é a ordem natural da vida. As necessidades satisfeitas nos dão a sensação de plenitude, do poder de seguir adiante, de continuar crescendo. O tangível e o intangível se misturam. A energia do sol sintetiza vitaminas no nosso corpo, da mesma maneira que as contêm o alimento que ingerimos. Mas não podemos tocar nessa energia. Da mesma forma que não conseguimos pegar os sentimentos. Assim, culpa, raiva e medo nos dão um nó no estômago e deixam nossa mente atordoada. Em algum momento, departamentalizamos nosso corpo e nossa vida, esquecendo que cada coisa é parte constituinte do todo, e que a mudança de atitude afeta toda a nossa existência. Dessa forma, permita-se alimentar seu corpo e sua alma. Deguste, experimente e invente. Esqueça dietas, novas descobertas científicas e deixe o noticiário de lado. A sua experiência é única e se traduz em verdade absoluta. Se respeite e conseguirá respeitar o próximo. Este prazer adquirido conscientemente pode ser seu aliado na manutenção do bem estar. O corpo fala conosco. Se proporcionarmos tudo que ele precisa e se fornecermos todas as informações necessárias para ele saber o que realmente necessita, teremos o equilíbrio para seguir adiante. Corpo são, mente sã, já diziam os filósofos... ou seria o contrário?
Com amor,
Carolina

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